segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Encruzilhada

Boa noite.

Caríssimos,

volta e meia, nos vem na cabeça, casos de pacientes de difícil tomada de decisão. É, como se estivéssemos em uma encruzilhada. Se formos para a direita podemos encontrar isso ou aquilo, e, se formos para a esquerda, aquilo ou isso. Quando o desfecho é favorável, é uma maravilha. Mas, quando o desfecho acaba em óbito, é terrível. Aí, começam os questionamentos: se tivesse ido por outro caminho, se tivesse utilizado outro dispositivo( em Cardiologia Intervencionista ), outro medicamento, se, se, se, ... É claro que nos debruçamos sobre grandes estudos, sobre a experiência adquirida em nossa residência médica, sobre dicas de nossos mestres. Porém, cada caso é um caso e as doenças se comportam de diferentes formas. Determinadas lesões são fáceis de ultrapassar, dilatar e obter um fluxo coronário normal ( Timi 3 ), enquanto outras, apresentam fenômenos de no-reflow, slow-flow, e o vaso não se mantém aberto ( Timi 0). Na clínica, também, sentimos esse gostinho amargo, quando o nosso antibiótico escolhido dentro das orientações da infectologia ( antes de termos os resultados das culturas ), não conseque frear a sepsis que se instala. Vamos a nocaute!